CALAMIDADES
Com freqüência regular a Terra se
faz visitada por catástrofes diversas que deixam rastros de sangue, luto e dor,
veemente convite à meditação dos homens.
Conseqüência natural da lei de
destruição que enseja a renovação das formas e faculta a evolução dos seres,
sempre conseguem produzir impactos, graças à força devastadora de que se
revestem (...)
Tais desesperadores eventos impõem
ao homem invigilante a necessidade da meditação e da submissão à vontade
divina, do que resultam transformações morais que o incitam à elevação.
Olhados sob o ponto de vista
espiritual, esses flagelos destruidores tem objetivos saneadores que removem as
pesadas cargas psíquicas existentes na atmosfera, que o homem elimina e aspira
em contínua intoxicação.
Indubitavelmente, trazem muitas
aflições pelos danos que se demoram após a extinção de vidas, arrebatadas
coletivamente, deixando marcas de difícil remoção, que se insculpem no caráter,
na mente e nos corpos das criaturas (...)
Não constituem castigos as
catástrofes que chocam uns e arrebatam outros, antes significam justiça
integral que se realiza.
Enquanto o egoísmo governe os grupos
humanos e espalhe suas torpes sementes, em forma de presunção, de ódio, de
orgulho, de indiferença à aflição do próximo, a humanidade provará a ardência
dos desesperos coletivos e das coletivas lágrimas, em chamamentos severos à
identificação com o bem e o amor, à caridade e ao sacrifício.
Como há podido pela técnica superar
e remover vários fatores de calamidades, pelas conquistas morais conseguirá, a
pouco e pouco, suplantar as exigências transitórias de tais injunções
redentoras.
Não bastassem as legítimas
concessões do ajustamento espiritual, as calamidades fazem com que os homens
recordem o poder indômito de forças superiores que os levam a ajustar-se à sua
pequenez e emular-se para o crescimento que lhes acena.
Tocados pelas dores gerais,
partícipes das angústias que se abatem sobre os lares vitimados pela fúria da
catástrofe, ajudemo-nos e oremos, formando a corrente da fraternidade
santificante e, desde logo, estaremos construindo a coletividade harmônica que
atravessará o túmulo em paz e esperança, com os júbilos do viajor retornando
ditoso à Pátria da ventura.
Joanna de Angelis
(Do Livro: Após a Tempestade, psicografado
por Divaldo P. Franco)
DEFICIÊNCIAS
Mário Quintana
'Deficiente' é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as
imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência
de que é dono do seu destino.
'Louco' é
quem não procura ser feliz com o que possui.
'Cego' é aquele
que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para
seus míseros problemas e pequenas dores.
'Surdo' é
aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um
irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões
no fim do mês.
'Mudo' é
aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da
hipocrisia.
'Paralítico' é
quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
'Diabético'
é quem não consegue ser doce.
'Anão' é
quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é
ser miserável, pois:
'Miseráveis'
são todos que não conseguem falar com Deus.
' A amizade é um amor que nunca morre... '